Oi! Depois de uma pequena pausa na semana passada, trago mais uma artista que merece entrar para o seu repertório. Também vale dizer que decidi não enviar as edições necessariamente aos domingos, mas no momento que for oportuno (assim, o projeto vira uma causa a menos de ansiedade, já que o prazer em refletir e escrever sobre arte e fotografia sempre foi o combustível dessa newsletter).
💡Antes de te apresentar uma artista incrível, venho com um recado rápido: o ciclo 8 do Passaporte Cultural começará no dia 1 de abril, e, além de cursos clássicos, com professores já da casa, agregaremos também novos docentes escolhidos à dedo, como Ana Sabiá, Bito Teles, Gabriel Pardal, Jacqueline Hoofendy, Mayra Biajante, Gui Tosetto, Gui Christ e Simonetta Persichetti, em cursos inéditos e especialíssimos:
*O Vestido do escritor: moda e literatura *Escrita criativa: contos *Bordado em Fotografia *Proust e a Estética do Gosto na Fotografia *O Sonho como Matéria Poética *Narrativas e Storytelling *Cadernos de Observação - Desenvolvimento de Processos Criativos *Mulheres na Filosofia * Introdução à fotografia *Curso intermediário em fotografia *Cinepoética: módulo Akira Kurosawa *Uma história da arte decolonial *Fotografia do Banal 2 *Desconstrução do Olhar 2 *Composição Fotográfica Avançada *Autorretrato, práticas lúdicas *Fotografia Documental *Fotografia e Arte Moderna *Arte LGBTQIA+ *A Estética do Feio *Fotografia arte e colecionismo + masterclasses mensais com artistas + cineclube + comunidade exclusiva
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✨Para ampliar o seu repertório visual
Hélène Amouzou é uma artista que utiliza a fotografia como meio de expressão para abordar temas profundos e complexos como identidade, pertencimento e deslocamento. Nascida em Togo, no oeste do continente africano, ela atualmente reside na Bélgica, mas seu trabalho tem uma dimensão universal que transcende fronteiras geográficas e culturais.
Em seus autorretratos e fotografias de objetos pessoais, Hélène explora o que significa ser uma mulher negra em um mundo que muitas vezes não reconhece sua voz e sua presença. Ela lida com a sensação de não pertencimento, de ser estrangeira em um lugar desconhecido, e a bagagem é um símbolo poderoso que utiliza para expressar essa sensação de fugacidade. A imagem de uma pessoa carregando uma mala tem um impacto quase universal, já que é parte intrínseca da memória coletiva.
O sótão que funciona de cenário para a maioria das suas fotografias, florido e destruído, representa a fragilidade e a incerteza que acompanham a vida de alguém que depende do sistema burocrático para se estabelecer em um novo lugar.
Hélène prefere trabalhar sempre com uma máquina analógica, o que lhe permite pensar na imagem de forma detalhada e refletir sobre o processo de criação de maneira mais profunda. Ela é uma artista que se inspira em nomes icônicos como Francesca Woodman, Duane Michals e Francis Bacon, mas que também é capaz de encontrar inspiração em coisas simples do dia a dia.
Amouzou nos desafia a olhar para dentro e refletir sobre quem somos, de onde viemos e para aonde vamos. Suas fotografias são comoventes e proporcionam uma sensação de inquietude e desconforto, já que nos colocam a recordar as nuances de fragilidade e incerteza da vida.
💡Para encerrar, deixo como recomendação imperdível o instagram @_spicymoustache_, uma descoberta com receitas de encher os olhos para aproveitar cada pedacinho dos legumes e verduras.
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Raquel Pellicano
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que referência incrível (mais uma!), obrigada!