Neste episódio do podcast Lições Imaginárias com Artistas Mortos, recebemos um convite especial para visitar Imogen Cunningham em sua casa em São Francisco. Entre plantas cultivadas com cuidado, um álbum de retratos e uma xícara de chá quente, exploramos sua visão sobre a luz, o tempo e a fotografia como forma de estar no mundo. Você pode escutar apertando o ‘play’ aqui no alto, ou nos tocadores:
💡 8 Curiosidades sobre a personagem principal do episódio:
Sem divindades, por favor
Ela acreditava em retratar as pessoas como seres humanos, sem mitificá-las. Detestava quando exageravam certos aspectos da vida privada de seu amigo (o também fotógrafo) Edward Weston.
💌 Caixas de cartas não respondidas
Imogen não era fã de correspondências e sabia que muitos se ressentiam por não receberem respostas. Ela guardava caixas cheias de cartas não lidas.
Sem interesse no "belo" convencional
Ela se recusou algumas vezes a fotografar pessoas que considerava ‘bonitas’. Seu interesse ia além da estética óbvia.
📸 O icônico retrato de Judy Dater
No famoso retrato em Yosemite, onde aparece ao lado da modelo Twinka, Imogen apenas encenou para a fotógrafa. Durante o workshop que ministrava, disse aos alunos que tudo o que fizessem e registrassem ali era “para o lixo”. Posteriormente a imagem foi vendida por mais de $5,000 em leilão.
🌿 A pobreza como mestre
Para ela, ter sido razoavelmente pobre era uma vantagem: "Quando você é pobre, trabalha. Quando é rico, espera que alguém te entregue tudo."
🌸 O fardo da magnólia
Segundo Imogen, sua famosa fotografia ‘Magnolia Blossom’ (1925) quase foi destruída pelo excesso de popularidade que adquiriu. Um assistente chegou a sugerir que ela parasse de usá-la em seu portfólio, de tão batida. Mas ela brincou: "Vou guardar o dinheiro para a minha velhice."
📷 Ansel Adams: influência e diferença
Imogen admirava a perfeição técnica de Ansel Adams, mas seu próprio processo era mais intuitivo. Enquanto ele usava grandes formatos, ela preferia câmeras pequenas pela flexibilidade.
Sobre a ideia de ‘ser importante na história da fotografia’?
"É muito irritante", disse ela. "Talvez isso aconteça no final, se eu não fizer nada muito terrível até lá."
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